Mantenha-se atualizado como nosso blog

sexta-feira, 29 de novembro de 2013


O surgimento cada vez mais acelerado de novas tecnologias pode ser notado todos os dias, mas, apesar de muitas proporcionarem menos trabalho e da maioria delas ter sido criada para auxiliar as pessoas, algumas tomam mais tempo dessas pessoas do que o normal. Cada dia mais as pessoas se envolvem em redes sociais, jogos eletrônicos, celulares, smartphonestabletsnetbooks, GPS. “Além de ser preciso usar um tempo bem considerável para o aprendizado e manipulação desses produtos, depois de dominados todas as particularidades de cada um desses itens, surgem outros mais modernos, que as pessoas começam a desejar, tornando-se dependentes deles, como se não soubessem o que faziam antes daquilo existir, afirma Sandra Leal, terapeuta, que tem se especializado em dependência de tecnologias.

“É incrível perceber a aflição daquelas que esquecem ou perdem um celular, que nem existia até o final do século 20. Essas pessoas estão tão dependentes que nem percebem que elas já se comunicavam, e muito bem, antes desses aparelhos existirem”, continua.

E não é difícil ver aonde a dependência tecnológica está levando muitas pessoas. Ficar longe da internet ou de um celular atualmente é impensável para milhões de pessoas que já possuem acesso a essas tecnologias. “Precisamos repensar urgentemente esse acesso indiscriminado. Coisas muito simples como fazer contas de somar e subtrair tornaram-se impossíveis para os jovens que usam calculadoras para tudo. Muitos deles nem se dirigem às salas de aula com algum equipamento que faz por eles o que deveriam saber fazer sem nenhum tipo de ajuda, como cálculos, formular uma frase minimamente inteligível, ou resolver fórmulas de química e física”, diz Sandra.

Para a terapeuta, ao deixar que equipamentos eletrônicos realizem essas operações, os jovens jamais entenderão o caminho utilizado para se chegar a um resultado, o que poderá lhe fazer muita falta em situações reais da vida, como calcular o troco de uma compra.













“Há gente que diz que, em breve, sequer utilizaremos cheques, dinheiro em papel ou moedas para efetuar pagamentos. Utilizaremos apenas os plásticos (cartões) para fazer isso. Bem isso pode diminuir as possibilidades de roubos, furtos e assaltos, mas poderá ampliar os ataques virtuais, afirma Sandra, continuando: “O pior dos problemas, entretanto, é a perda de capacidade mental das pessoas. Ao transferir para a máquina coisas que deveriam antes ser executadas pelo cérebro, as pessoas estão se tornando menos aptas a resolver suas dificuldades. O que vai acontecer quando o problema for complexo demais para uma máquina, que só usa a lógica?”

Para a terapeuta, a realização mental de contas básicas é um excelente exercício e a subutilização do cérebro, mesmo em coisas simples do dia a dia, com o tempo certamente provocará doenças ainda desconhecidas, além de aumentar os casos de outras, como o Alzheimer

“Vejo pessoas ficando estupefatas quando calculo algo de cabeça, como se eu fosse uma alienígena, quando, na verdade, as pessoas estão se alienando.
A tecnologia deve ajudar as pessoas em seus trabalhos. Devem ajudar a economizar seu tempo, mas não devem tomar o lugar da mente humana. O uso de equipamentos eletrônicos pode e deve ser até incentivado para facilitar a vida, mas nosso cérebro deve continuar sabendo, no mínimo, os princípios básicos das operações realizadas por eles”, conclui.

Como as famílias estão constituindo suas interações e seus laços afetivos em um mundo em que as pessoas se veem cada vez menos?
Desde que a internet passou a fazer parte da vida das pessoas, nossas noções de relacionamento têm sido reavaliadas e até mesmo reconstruídas na dinâmica das relações familiares. A Internet veio para ficar e os usos das tecnologias são diversos, afinal as pessoas se apropriam delas e as inserem no seu cotidiano de acordo com seus interesses, desejos e motivações. De fato as novas tecnologias e a internet estão impactando as vidas das pessoas e também o cotidiano familiar.
A relação entre as pessoas e as tecnologias é muito complexa e as fronteiras entre o mundo real e virtual estão cada vez mais indefinidas. Diante disso fica a dúvida: afinal, são as pessoas que “dominam” as tecnologias ou as tecnologias que estão “dominando” as pessoas?

As famílias e o dia a dia com a tecnologia










Desde o “boom” da internet nos anos 90, observa-se um gradativo crescimento de sua utilização, inclusive no espaço familiar. Nota-se que, em cada família, ela possui diferentes representações e funções. Há famílias que conseguiram estreitar seu relacionamento com o uso desta ferramenta, enquanto outras a utilizam para se aproximar de pessoas mais distantes, mas acabam descuidando do vínculo com os mais próximos. E há famílias que estão buscando compreender o modo mais adequado de aproveitar a internet de maneira saudável.
Que espaço está ocupando a internet na sua família? O modo como cada família usa a internet pode refletir o próprio funcionamento familiar. Existem funcionamentos familiares em que a internet está a serviço da necessidade de encobrir algumas dificuldades nos relacionamentos. Isto se observa entre pais e filhos, entre casais, etc. Algumas vezes, um ou mais membros fazem um tipo de uso que compromete significativamente a convivência, a cumplicidade e principalmente o diálogo familiar. Ocorrem ainda situações em que os pais sentem dificuldade de encontrar maneiras de proteger os filhos dos perigos da internet, então acabam ou proibindo completamente ou fazendo “vista grossa” por não encontrarem meios de compreender o que os filhos fazem na rede. Tais situações compõem alguns dos novos desafios encontrados pela família contemporânea.
Existe idade adequada?
Não existe uma orientação única ou universalmente aceita no que se refere ao uso das tecnologias em cada faixa etária. Vale ressaltar uma publicação de 2011 em que a Academia Americana de Pediatria recomenda que crianças menores de 2 anos não devam fazer uso das novas tecnologias, enquanto crianças maiores não deveriam ficar mais que 2 horas em contato com as “telas”.
Os pais devem avaliar cada situação para identificar quando podem ser mais ou menos flexíveis. Para crianças bem pequenas, é importante que sejam priorizadas as atividades que envolvam o desenvolvimento motor. Brincadeiras como montar blocos, jogar bola, enrolar massinha de modelar e manusear tintas, pincéis, lápis e giz de cera, por exemplo, não devem ser substituídas por brinquedos eletrônicos. Contar histórias e incentivar a socialização com outras crianças também é muito importante para estimular a fala, a empatia e as habilidades sociais de um modo geral.
Isso não significa que a criança não possa brincar com aplicativos e jogos desenvolvidos para sua idade. A tecnologia também não deve substituir o cuidado de um adulto (ex: deixar a criança brincar com o tablet para que ela fique quieta em um quarto da casa), ou então servir como fator de evitação de um conflito (ex: distrair a criança com a televisão na hora das refeições ao invés de enfrentar alguma dificuldade alimentar).
Orientação aos pais





Demonstre interesse
Demonstrar interesse em conhecer os diversos aspectos da vida do seu filho fará com que ele se sinta a vontade para compartilhar e dialogar também sobre o uso das tecnologias. Flexibilidade, clareza nas negociações (fazer combinações claras e objetivas) e proximidade são fundamentais para uma boa relação entre pais e filhos e também para o estabelecimento da confiança e de limites com amorosidade.



Conheça aquilo que seu filho usaQuestione, jogue, acesse com ele. Quando possível, escolha os jogos junto com seu filho. E, acima de tudo, não critique sem conhecer. Regras arbitrárias e autoritárias farão com que a criança e o adolescente fiquem distantes por não encontrar uma possibilidade de conversa aberta. Entenda os porquês de seu filho, procure saber mais sobre as motivações que o levam a fazer uso de determinado aplicativo, rede social ou jogo.
A importância do exemplo
Os pais são os modelos de identificação de seus filhos, e a forma como lidam com as tecnologias será a principal fonte de informação para os filhos sobre como agir quando estiverem na mesma situação. Os filhos aprendem muito mais “vendo” o comportamento dos pais do que “ouvindo” o que eles têm para dizer.
Regras e limites
Assim como outras atividades, o uso das novas tecnologias exige muito dos pais numa das tarefas mais difíceis e complicadas: a aplicação dos limites. É possível que, em situações de uso excessivo das novas tecnologias, possa haver uma certa dificuldade da família em impor limites claros aos filhos. As diversas tecnologias podem ser inseridas na rotina das crianças desde cedo, mas levando-se em conta que quanto menor a criança, mais orientações e limites os pais devem dar. As combinações são feitas de acordo com o contexto e as características de cada família, mas é fundamental que sejam bastante claras, objetivas e também coerentes.
Estimular a convivência em família
É papel dos pais estimular o convívio em família e cuidar constantemente para que ele não se perca. Essa tarefa acaba se tornando muito mais difícil quando as inúmeras ofertas das tecnologias “chamam” cada um para o seu quarto. É importante que a família tenha momentos em que todos possam conviver. Fazer as refeições juntos é certamente um começo.  Realizar outras atividades com os filhos reforça ainda mais a intimidade da família.
A hora de dormir
Recomenda-se evitar o uso dos computadores e videogames logo antes da hora de dormir, pois o excesso de estímulos pode dificultar o início do sono. Pode ser muito difícil para as crianças exercerem seu próprio limite, mesmo quando sabem sobre o que é certo ou errado, e noites mal dormidas podem interferir diretamente na atenção e no desempenho escolar.
Sedentarismo e Alimentação
É necessário ter cuidado com a inatividade física e o padrão alimentar. O uso intenso de jogos e internet pode causar aumento de peso. Isso se explica pelo excesso de tempo dedicado a uma atividade que não gasta as calorias consumidas e também pelas refeições rápidas com a finalidade de ter mais tempo para jogar ou ficar conectado. Os lanches rápidos (doces, salgadinhos, refrigerantes) são ricos em açúcar e gorduras. A atenção voltada ao computador ou aos jogos pode fazer a pessoa perder a percepção da quantidade de alimento ingerido, além de não perceber os sinais de saciedade e de fome, o que pode causar tanto obesidade, quanto perda involuntária de peso.
Podemos utilizar a tecnologia como aliada no combate ao sedentarismo e à obesidade, fazendo pesquisas sobre alimentação e hábitos de vida saudáveis, e estimulando jogos que necessitam de movimento, como alguns de esportes ou dança.
A questão da privacidade
As diferentes gerações entendem a privacidade de maneiras distintas. Normalmente as crianças e os adolescentes não costumam analisar o impacto que uma foto publicada na internet pode ter na sua vida social. Estas imagens ainda podem ser alteradas com o uso de certos programas e utilizadas para a prática de cyberbulling. Informações íntimas das famílias quando publicadas podem ser utilizadas por pessoas estranhas e podem expor a família a riscos.
Como lidar com a violência dos jogos
A grande maioria dos estudos realizados aponta que pode ocorrer um aumento de idéias, sentimentos e comportamentos agressivos em crianças e adolescentes que utilizam muito os jogos violentos. Isto obviamente não é uma regra e tampouco ocorre de modo universal, pois a agressividade é um fenômeno extremamente complexo e são muitos os fatores que podem causá-la. Por isso, cada situação deve ser avaliada de modo individualizado, para que se investigue se além dos jogos violentos existem também outros fatores de risco para agressividade. Caso já exista uma tendência ao comportamento agressivo, a recomendação é de evitar os jogos violentos e estimular a prática de jogos de esportes e estratégia.
Sugerimos que os pais busquem conhecer quais as redes sociais que seu filho costuma utilizar e conversar com ele sobre o que deve ou não ser compartilhado, quando, como e com quem. Pergunte que critérios seu filho utiliza pra aceitar novos amigos e quem pode ver as informações que ele compartilha. Tente explicar sua preocupação com a integridade física e moral de seu filho e da família. Pesquisem juntos informações sobre casos de excessiva exposição, se for necessária uma argumentação mais concreta. Auxilie o seu filho a coletar mais informações sobre como configurar o próprio perfil para ter maior privacidade e controle do que é exposto, caso ele não saiba como fazer sozinho.


Fontes:
http://www.vocecommaistempo.com.br/bn_conteudo.asp?cod=444
http://dependenciadetecnologia.org/dependencia-de-tecnologia/


Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Pellentesque volutpat volutpat nibh nec posuere. Donec auctor arcut pretium consequat. Contact me 123@abc.com

0 comentários:

Postar um comentário